sexta-feira, 18 de julho de 2014

Com banco, Brics se tornam “acrônimo com capital”, diz The Economist


São Paulo - A revista britânica The Economist relativizou a criação do banco de desenvolvimento dos Brics e do fundo de reservas para auxílio de países emergentes, formalizados durante a 6ª reunião de cúpula do bloco, realizada em Fortaleza nesta semana. Em matéria publicada na edição impressa, a The Economist destaca que, apesar de terem sido instituídos para rivalizar com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, os mecanismos são menos subversivos do que aparentam.
De acordo com a matéria, o fundo financeiro de emergência, que permite aos países disponibilizar até US$ 100 bilhões de suas reservas internacionais para se ajudarem mutuamente, não é um fundo, mas “um emaranhado de promessas bilaterais”. Já o Novo Banco de Desenvolvimento dos Brics (New Development Bank, ou NDB, em inglês) é mencionado como uma “sopa de letrinhas” que se soma a outros bancos de desenvolvimento nacionais e regionais dos países integrantes dos Brics.
O texto também ressalta a divisão de cargos desenhada com a criação dos mecanismos — que segundo a revista quase aniquilou o negócio. O banco será sediado em Xangai, na China, e terá na presidência um indiano a ser escolhido. O conselho de administração da instituição, por sua vez, será presidido pelo Brasil. De acordo com a revista, tal divisão pode dificultar a tomada de ações em uma mesma direção pelo banco.
A reportagem da The Economist destaca, por fim, que além da característica de serem grandes países emergentes, os Brics seguem sendo um bloco com pouco em comum, onde pesam disparidades como renda per capita e regimes políticos democráticos (Brasil, Índia e África do Sul) e autoritários (Rússia e China).

De economia, VALOR

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Aécio diz que irá rever decisões recentes de Dilma relativas à Petrobras


RIO DE JANEIRO - O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, criticou decisões "açodadas e equivocadas" quem vêm sendo tomadas pela presidente Dilma Rousseff, como a antecipação do óleo excedente da cessão onerosa para a Petrobras, e prometeu revisá-las em um eventual governo tucano.
“Vamos discutir a luz do dia, e não nas madrugadas insones do governo, medidas que sejam mais eficazes para o país e a própria Petrobras”, disse ele a jornalistas no Rio de Janeiro.
No fim do mês passado, o governo federal decidiu contratar diretamente a Petrobras para explorar o óleo excedente em quatro áreas da chamada cessão onerosa, no pré-sal, o que deve garantir à estatal reservas adicionais entre 10 bilhões e 15 bilhões de barris. A Petrobras terá que desembolsar 15 bilhões de reais em bônus e antecipações para explorar as áreas, o que levou o mercado a criticar a decisão.
O tucano acrescentou que o governo petista tem sido marcado nesse último ano de mandato de Dilma por “improvisos” e “sem avaliação racional” de suas consequências.
“Algumas delas inclusive em relação a Petrobras. Vamos ter calma para avaliar cada uma delas.”
O candidato do PSDB recebeu do coordenador do programa de governo, o ex-governador de Minas Gerais Antonio Anastasia, as diretrizes do programa tucano. “Nas nossas diretrizes vocês poderão ver alguma coisa sobre Petrobras também”, destacou ele sem entrar em detalhes.
O documento será protocolado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no próximo sábado.
As diretrizes visam, segundo Anastasia, melhorar o bem estar social da população e incluiu a realização de reformas, como tributária, segurança pública, política e de infraestrutura.

Segundo o PSDB, as diretrizes não são imutáveis e haverá um canal para que a sociedade possa fazer propostas e sugestões.

De economia, REUTERS BRASIL