sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Petroleiros da FUP anunciam greve na Petrobras a partir de domingo


Trabalhadores ligados à Federação Única dos Petroleiros (FUP) decidiram entrar em greve a partir das 15h de domingo por tempo indeterminado, após não conseguirem acordo com a Petrobras para uma série de reivindicações, informou o órgão sindical na noite de quinta-feira.

A FUP conta com 12 sindicatos, entre eles o Sindipetro Norte Fluminense, que representa funcionários da Bacia de Campos, responsável por mais de 70 por cento do petróleo produzido no Brasil.

Segundo a federação, a Petrobras não compareceu na quinta-feira a audiência realizada com o Ministério Público do Trabalho, o que demonstra desinteresse em buscar uma solução negociada...

De Roberto Samora, REUTERS

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Presidente Dilma é citada em processo que corre nos EUA


A presidente Dilma Rousseff foi citada na ação coletiva impetrada contra a Petrobras nos Estados Unidos pela cidade de Providence, capital do estado de Rhode Island. Além dela, outras 11 pessoas estão no processo, na condição de “pessoas de interesse”. A informação foi publicada na edição deste sábado do “O Estado de S.Paulo”.

Estão incluídos na lista, o empresário Jorge Gerdau; o presidente do Grupo Abril, Fábio Barbosa; e o ministro da Fazenda Guido Mantega; o ex-presidente da Petrobras Sérgio Gabrielli; o presidente do BNDES Luciano Coutinho; a ministra do Planejamento, Miriam Belchior; os ex-ministros das Minas e Energia Silas Rondeau e Márcio Zimmermann; o ex-presidente do TCU Sérgio Quintella; além do general Francisco Roberto de Albuquerque e de Marcos Antonio Menezes, do Instituto Brasileiro de Petróleo.

Segundo a publicação, a citação não significa estar enquadrado como réu, mas foram citados porque assinaram prospectos que serviram de base para a emissão de títulos da dívida e ADS (American Depositary Share). Os citados poderão ser chamados a depor e, caso a investigação apresente fatos que justifiquem a mudança, podem ser transformados em réus.

O advogado americano James Munisteri afirma que a inclusão entre os réus só ocorre se ficar provado que elas sabiam que as informações dos prospectos eram falsas ou agiram com grave negligência, como assinar documentos sem ler direito. Na avaliação dele, a inclusão de autoridades pode ser “estratégia de pressão para forçar um acordo”

De política, A NOTÍCIA

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Negócios em família


Luiz Inácio Lula da Silva tornou-se presença constante nas páginas policiais dos jornais brasileiros. Não apenas o ex-presidente como também seus filhos e familiares próximos são alvo de investigações em marcha. Quem queria entrar para a história como celebridade mundial agora figura nas listas mais sujas da corrupção. Triste ocaso.

Lula tem cinco filhos. Até agora, três deles já tiveram seus nomes envolvidos em suspeitas de irregularidades, sempre com traço comum: teriam usado acesso privilegiado ao poder franqueado pelo prestígio do pai para fazer negócios privados. Transformaram a oportunidade aberta pela ascensão do petista ao Planalto em balcão de negócios.

Ontem, as suspeitas escalaram mais um – aliás, vários – degraus. A Polícia Federal realizou busca na sede de uma das empresas de Luis Claudio Lula da Silva, o filho mais novo de Lula. Ele é suspeito de ligação com lobistas que negociaram com o governo do PT a edição de medidas que beneficiaram a indústria automobilística – o setor mais bem tratado pelos petistas, favorecido sempre pelos mais polpudos incentivos fiscais.

Além de Luis Cláudio, a PF apontou “conluio” de Gilberto Carvalho – um dos auxiliares mais antigos e diretos de Lula e ex-secretário-geral do gabinete de Dilma Rousseff – com o grupo de fraudadores. Mais: um dos presos, que pagou R$ 1,5 milhão à empresa do filho de Lula sabe-se lá por que, é chapa do ex-presidente desde a época em que ele deflagrava greves em São Bernardo do Campo, registra hoje O Estado de S. Paulo.

Os Lula da Silva mais parecem uma holding, de ramificados negócios. Segundo a Folha de S.Paulo, o ex-presidente e seus filhos possuem ou têm participações em nada menos que 18 empresas. O que, diabos, elas fazem? Seriam uma forma de garantir que a família goze perpetuamente das delícias que experimentou nos anos em que o patriarca comandou o país?

Os casos de enriquecimento vertiginoso da família são notórios, como o de Fábio Luis Lula da Silva, cuja Gamecorp se associou a operadora de telefonia e o tornou um novo rico. Nas últimas semanas, também vieram a público suspeitas de que uma nora de Lula tenha recebido R$ 2 milhões de um dos principais envolvidos na rede de falcatruas tecida no Palácio do Planalto desde a ascensão do PT. Até um sobrinho do ex-presidente figura como suspeito de receber igual bolada. Vê-se como a família é próspera…

De polícia, ABN NEWS

Parecer técnico da Câmara vai recomendar que pedido de impeachment seja aceito, dizem fontes


O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse a aliados nesta terça-feira que já está quase pronto um parecer da área técnica da Casa, recomendando que seja aceito o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff formulado por juristas e apoiado pela oposição, segundo duas fontes consultadas pela Reuters.

De acordo com uma dessas fontes, o presidente da Câmara “deu a entender”, ainda, que poderá acatar o parecer caso o Ministério Público peça o seu afastamento do cargo. Cunha não tem a obrigação de seguir a recomendação da área técnica.

A assessoria de imprensa do deputado afirmou que o presidente da Câmara não recebeu “qualquer” parecer da área técnica sobre pedidos de impeachment pendentes.

“Cunha reitera que cabe a ele a decisão sobre o andamento dos processos independente da orientação jurídica”, disse a assessoria do parlamentar em nota...

De Maria Carolina Marcello, REUTERS

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Lula responsabiliza Dilma por operação na empresa de seu filho, diz jornal


Na véspera de completar 70 anos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não escondeu a mágoa com a presidente Dilma Rousseff e responsabilizou a sucessora pela operação de busca e apreensão feita pela Polícia Federal na empresa LFT Marketing Esportivo, pertencente a Luís Cláudio, seu filho mais novo. Em conversa com pelo menos três amigos, nessa segunda-feira, em momentos distintos, Lula se queixou de Dilma e disse que a situação "passou dos limites". As informações são do jornal o Estado de São Paulo. 

Para o ex-presidente, Dilma só ouve o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo - que, na sua avaliação, quer apenas "aparecer" -, e não entende que, em nome do combate à corrupção, pode destruir o projeto político do PT. Em São Paulo, o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, tentou ontem pôr panos quentes na crise e acalmar Lula. Não conseguiu. "O governo não tem qualquer interferência nas investigações. Agora, nem a Operação Lava Jato nem a Zelotes podem ser a agenda do País", disse Wagner. "Precisamos virar essa página." 

Lula estará na quinta-feira em Brasília, para participar da reunião do Diretório Nacional petista, e vai pregar uma forte reação do partido ao que chama de "ofensiva" para destruir o PT e o seu legado. Na ocasião, receberá a solidariedade dos correligionários. Além de Luís Cláudio, o presidente do Sesi, Gilberto Carvalho - chefe de gabinete de Lula de 2003 a 2010 e ministro da Secretaria-Geral da Presidência no primeiro mandato de Dilma - também foi citado no relatório da Operação Zelotes. Braço direito de Lula, apelidado por ele de "Gilbertinho", Carvalho prestou depoimento ontem no inquérito que investiga a denúncia de compra de medidas provisórias para favorecer o setor automotivo...

De política, CORREIO DO POVO

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Pelé chega aos 75 anos com marca associada a mais empresas que a Seleção


Em vários momentos da Copa do Mundo de 1970, o craque Pelé agachava e amarrava suas chuteiras. Numa época em que o marketing esportivo no Brasil ainda nem engatinhava, o Rei do Futebol não fazia aquilo por acaso. Ele era patrocinado pela empresa de produto esportivo que calçava. Nesta sexta (23), data em que completa 75 anos, ele segue um fenômeno, no que se refere a exploração da sua marca. Uma prova? Sua imagem está associada a 15 empresas ou produtos em todo o mundo, número superior por exemplo ao da Seleção Brasileira, equipe de futebol mais conhecida e badalada do planeta e que tem 13 patrocinadores.

“Nos anos 60, Pelé já era um grande produto. Ele trabalha sua marca desde essa época, quando nem existia marketing esportivo ainda no Brasil. Sem dúvida, ele se consolidou como o primeiro grande nome comercial e, quando parou, soube explorar isso”, revela Amir Somoggi, consultor de marketing e gestão esportiva.

E a primeira experiência de Pelé com a sua marca foi traumática. Em 1958, após a conquista da Copa do Mundo pela Seleção, na Suécia, um fabricante de cachaça de Piracicaba, interior de São Paulo, lançou uma aguardente com o nome do jogador. Era uma espécie de homenagem, mas que não foi bem aceita e o produto acabou recolhido, tornando-se uma raridade entre colecionadores.

Barreira

A partir dos anos 70, Pelé ultrapassou definitivamente a barreira das quatro linhas e se tornou um pop star. Estrelou filmes, o mais famoso deles “Fuga para a Vitória”, no qual contracena com Sylvester Stallone e Michael Caine, e lançou discos, inclusive com Sérgio Mendes, brasileiro que faz grande sucesso nos Estados Unidos.

Numa parceria com Maurício de Souza, nasceu Pelezinho, personagem que ganhou vida nas tirinhas de jornais e depois ganhou uma revista.

O mito está há quase 40 anos afastado do gramado, pois parou de jogar profissionalmente em 1977, no Cosmos, dos EUA. Ainda assim, quando completou 70 anos, em 2010, um estudo mostrou que a marca Pelé valia R$ 600 milhões. E o consultor Amir Somoggi afirma que, apesar de toda a crise pela qual passa o futebol mundial, não há indícios de queda desse valor, o que é comprovado pelo grande número de empresas que querem associar o nome ao ex-jogador.

O número é impressionante se comparado, por exemplo, com o valor da marca dos dois principais clubes de Minas. Segundo estudo da BDO Brasil, divulgado em junho deste ano, o Cruzeiro vale cerca de R$ 500 milhões, e o Atlético, quase R$ 400 milhões.

“O Pelé tem duas etapas. A primeira, com um lado de marketing institucional muito forte, até para o Santos e o Brasil. O Brasil ficou conhecido através do Pelé. Nessa época, existia pouca coisa de propaganda. Ele representava institucionalmente o ídolo, mas era muito pouco aproveitado isso, embora levasse o nome do Santos e do Brasil para o mundo. Depois, começa a se utilizar disso.

Quando foi para os Estados Unidos, tomou conhecimento e entrou no marketing esportivo verdadeiramente, passou a ser explorado como produto”, garante José Carlos Brunoro, ex-jogador e treinador de vôlei e um dos profissionais mais respeitados do marketing esportivo brasileiro.

Eternizado

Consciente da força da sua marca, Pelé preocupou em se eternizar. No início de 2012, ele concentrou todos os interesses relacionados à sua imagem numa única empresa, a Legends 10, com sedes em Los Angeles e Nova Iorque. Ela cuida dos seus contratos de marketing e publicidade, do licenciamento de produtos com o seu nome e também das suas aparições públicas. Por mais de quatro décadas, isso nunca tinha acontecido. A parceria surge quase que como uma garantia de que o senhor que nesta sexta completa 75 anos será para sempre Pelé Eterno.

De Alexandre Simões, HOJE EM DIA

O preço da pizza


Sem resultado prático, depois de oito meses de trabalho, muitas horas de reuniões, viagens e até a contratação de uma consultoria internacional, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras custou aos cofres públicos pelo menos cerca de R$ 1,5 milhão. Criado em fevereiro para apurar o esquema de corrupção que sangrou a estatal em cerca de R$ 19 bilhões, o grupo colheu 132 depoimentos, mas, no relatório de 754 páginas aprovado na madrugada de ontem por 17 votos a 9, ninguém foi indiciado. Os cinco destaques que tentavam responsabilizar políticos, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a presidente Dilma Rousseff (PT) e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), foram rejeitados. Não há menção também sobre o possível envolvimento dos ex-presidentes da Petrobras José Sérgio Gabrielli e Graça Foster.

Não faltaram viagens dos deputados federais para investigar as denúncias de pagamento de propina em operações da Petrobras. Em apenas uma delas, a Curitiba, 14 das 16 pessoas que seriam ouvidas na cidade permaneceram em silêncio – e o que é pior: os advogados dos acusados tinham avisado com antecedência que eles não iriam contribuir com os parlamentares e ficariam calados. Na primeira missão à capital do Paraná, o máximo que os deputados conseguiram foi ver a doleira Nelma Kodama exibir os bolsos traseiros de sua calça jeans, nos quais disse que guardava o dinheiro da corrupção. Um dos que privaram os parlamentares viajantes de ouvir esclarecimentos foi o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. Além dele, executivos da Andrade Gutierrez...

De política, ESTADO DE MINAS

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Presença de Pizzolato em avião gera protestos de passageiros


A presença de Henrique Pizzolato no voo da TAM da noite desta quinta-feira (22/10), gera protestos entre parte dos passageiros. O ex-diretor de marketing do Banco do Brasil será extraditado hoje ao País.

Pizzolato foi condenado no processo do mensalão a 12 anos e 7 meses de prisão e fugiu do Brasil em setembro de 2013.

Uma comitiva de 40 gaúchos que esta retornando das férias disse que sabia que o brasileiro embarcaria e que programou uma salva de palmas e uma vaia ao brasileiro.

Para Jaqueline Meneghetti, 52, assistente social, integrante da comitiva, "ele deve ser levado para a prisão para pagar pelos crimes que cometeu. Essa prisão representa o que deve acontecer com quem rouba", diz.

Um dos passageiros da comitiva, um senhor de cabelos brancos, que vestia uma camisa vermelha, começou a insultar com palavras ofensivas tanto Pizzolato quanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua sucessora, Dilma Rousseff. Dizia que a culpa da desgraça econômica do Rio Grande do Sul é deles...

De Estadão, TRIBUNA DA BAHIA

“Pedalada” por si só não é motivo de impeachment, diz Cunha


O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse nesta quinta-feira que a existência das manobras fiscais condenadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), conhecidas como “pedaladas”, não configuram por si só um motivo para um processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Segundo o deputado, que tem a prerrogativa de aceitar ou arquivar pedidos do gênero contra a presidente, é necessário comprovar que Dilma cometeu crime de responsabilidade para iniciar um processo de impedimento. “O fato de existir a pedalada necessariamente não quer dizer que tenha havido o ato da presidente da República em relação ao descumprimento da lei. São duas coisas distintas”, disse Cunha a jornalistas, ressalvando que falava “em tese”. “O fato por si só de ter a pedalada não significa que isso seja a razão do pedido de impeachment. Tem que configurar que há atuação da presidente num processo que descumpriu a lei. É diferente, então é isso que tem que ser analisado.”

Cunha recebeu na quarta-feira um novo pedido de impeachment apoiado pela oposição que inclui a recomendação do TCU ao Congresso para que rejeite as contas do governo em 2014 e a denúncia do Ministério Público junto ao TCU de que as chamadas pedaladas fiscais teriam continuado em 2015. Pouco depois de receber a peça, em declaração à imprensa, o presidente da Câmara criticou a maneira como o governo vem conduzindo suas contas e afirmou que “a pedalada já está virando motocicleta, saiu da bicicleta e foi para motocicleta”...

De Maria Carolina Marcello, REUTERS