sexta-feira, 24 de junho de 2016

Prisão de ex-ministro e devassa no diretório nacional do PT retratam a falência moral do partido


A imagem à esquerda sintetiza a débâcle moral do PT – um partido nascido sob a insígnia da ética, mas que exala seus últimos suspiros com o carimbo de corrupção estampado nas cinco pontas de sua estrela. Na manhã da quinta-feira 23, três agentes da Polícia Federal, dois do grupamento especial, cercaram a sede do diretório nacional do PT no centro da capital paulista. É, indubitavelmente, uma cena emblemática. É bom sublinhar que não se trata de uma medida levada a cabo por um regime ditatorial, como aquele que os fundadores da legenda combateram na década de 80. Os policiais também não cometeram arbítrio algum, embora a narrativa petista tente vender a cada vez mais insustentável tese da perseguição. Os agentes estavam em frente à sede nacional da legenda em São Paulo para impedir que pessoas não autorizadas entrassem no escritório enquanto se cumpria um mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça. Deixaram o bunker petista horas depois com documentos e HDs de computadores, onde esperam encontrar novas provas para a Operação Custo Brasil.

A PF investiga milhões arrecadados pelo PT com propinas pagas em troca de contratos no ministério do Planejamento entre 2010 e 2015. Mais uma vez a legenda é acusada de perpetrar o crime que prometia exterminar do País ao ascender ao poder: a corrupção. O antigo discurso da ética petista era tão diferente dos demais partidos que sua saga parecia quixotesca. Ocorreu exatamente o contrário. O PT assumiu o Planalto em 2003 e se reelegeu três vezes, mas deixou o comando do País maculado indelevelmente pelos bilhões desviados, os escândalos recorrentes e os líderes condenados. O fato de seguidos pedidos de prisão pesarem sobre os ombros dos três últimos tesoureiros da legenda não é mera coincidência. É reincidência. No crime. Ligado a Lula e Dirceu, mais ao primeiro do que ao segundo, Delúbio Soares cumpriu pena no mensalão. João Vaccari Neto encontra-se preso no Petrolão e, na última semana, teve um novo pedido de detenção decretado. Seu antecessor Paulo Ferreira permanecia foragido atá a tarde de sexta-feira 24. Também para escapar da prisão...

De política, ISTO É

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