segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Aumento de casos de HIV/Aids entre jovens gays preocupa Ministério da Saúde

Apesar da estabilidade na prevalência da aids na sociedade brasileira (em torno de 0,6% da população) e ligeira diminuição da incidência de casos notificados em dois anos – de 18,8 casos por cem mil habitantes (em 2009) para 17,9 casos por cem mil habitantes (2010) – o Ministério Saúde alerta para o aumento de 10,1% no número de casos entre gays de 15 a 24 anos. No ano passado, para cada 10 heterossexuais vivendo com o HIV/Aids havia 16 homossexuais.

Segundo os dados do Boletim Epidemiológico Aids/DST, a taxa de incidência do HIV/Aids entre rapazes daquela faixa etária subiu de 9,5 (2000) para 11,1 (2010) – acréscimo de 16,8%; enquanto entre as mulheres jovens assistiu-se à redução de 23,5% na taxa de incidência – de 10,2 (2000) para 7,8 (2010). Para atingir o público jovem, o Ministério da Saúde promete reforçar as campanhas educativas em redes sociais e locais de grande concentração.

No conjunto da população, no entanto, preocupa a evolução do vírus entre as mulheres. Em 1989, a razão era de seis homens com HIV/Aids para cada mulher; em 2010 a relação caiu para 1,7. Os homens são maioria entre as pessoas que identificaram o vírus. Em 31 anos (até junho deste ano), o boletim registra 397.662 casos masculinos (65,4%) e 210.538 casos femininos (34,6%).

Ainda que identificadas essas tendências, o Ministério da Saúde assinala que não existe população mais ou menos vulnerável e que o problema é de comportamento. “Sexo sem proteção é o fator de maior predisposição para a infecção”, assinalou o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.


De CORREIO BRAZILIENSE

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