segunda-feira, 13 de agosto de 2012

BH: a eleição que Dilma nacionalizou com olhos em 2014

Presidente articulou candidatura petista e atuará na campanha eleitoral num embate prévio de 2014 com o senador tucano Aécio Neves.

Quarenta e oito anos depois de ter iniciado, ainda aos 16 anos, a militância política no movimento estudantil de Belo Horizonte, a presidente Dilma Rousseff, agora com 65 e primeira mulher presidente da República, volta à capital mineira como protagonista da disputa pela prefeitura da cidade onde nasceu e viveu até a adolescência. Há um mês e meio, a petista estabeleceu como prioridade eleger Patrus Ananias (PT), ministro do Desenvolvimento Social do governo Lula, prefeito da capital mineira. Dilma passou a enxergar em Belo Horizonte uma prévia da eleição presidencial de 2014 contra seu possível adversário, o também mineiro senador Aécio Neves (PSDB). 
Até entrar no radar da presidente, o confronto na capital mineira já tinha resultado mais do que certo. Apoiado por PT e PSDB, o prefeito Marcio Lacerda, do PSB, tinha a reeleição praticamente assegurada, mas o rompimento da aliança dos petistas de Minas com ele mudou o quadro e colocou a disputa da cidade no patamar federal.
A operação que terminou com o lançamento da candidatura de Patrus foi orquestrada por Dilma do Palácio do Planalto. Logo após o racha em Belo Horizonte, ela chamou o vice-presidente Michel Temer e acertou a aliança com o PMDB. Conseguiu também convencer o presidente do PC do B, Renato Rabelo, a mudar de lado e abandonar os cargos na administração municipal. “Foi uma intervenção desmedida e um gesto de extrema violência”, disse o senador Aécio Neves ao site de VEJA sobre as ações de Dilma em Belo Horizonte. “Minas não está acostumada com esse tipo de interferência.”
“A candidatura do nosso adversário foi imposta de fora para dentro, feita do Palácio do Planalto com base em sucessivas intervenções e participação de figuras absolutamente estranhas a Minas Gerais, que é o caso do prefeito de São Paulo e da própria presidente da República, pessoas que conhecem muito pouco a nossa realidade”, afirmou Aécio.
...



De Thaís Arbex, VEJA

Nenhum comentário:

Postar um comentário