quinta-feira, 22 de novembro de 2012

O fim da "Sinhazinha" é agora


Sinhazinhas e mucamas


Não é à toa que a grande maioria dessas empregadas seja de origem negra. Historicamente, trabalham em casas de família
Alvíssaras. O Brasil ensaia entrar na contemporaneidade. A Câmara dos Deputados aprovou ontem, em primeiro turno, a Emenda Constitucional das empregadas, babás, cozinheiras e outros funcionários, digamos, “domésticos”. É o começo do fim de uma excrescência prevista em nossa Constituição.
Em resumo, o texto aprovado até aqui (ainda vai para o Senado) estende a elas e eles os 16 direitos já assegurados aos demais trabalhadores urbanos e rurais contratados pelo regime de Consolidação das Leis do Trabalho. Inclua-se aí o adicional noturno e a jornada de trabalho de oito horas diárias (44 horas semanais).
É o início do fim de uma das piores manifestações da formação social, econômica e cultural do Brasil. Da forma como conhecemos e convivemos, as relações de trabalho nos empregos domésticos reproduzem indeléveis características da escravidão.
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De Fábio Campos, O POVO, CE


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