A Polícia Federal entregou ontem à Justiça o relatório final da Operação Porto Seguro, que apura tráfico de influência e venda de pareceres de órgãos do governo. A entrega encerra a investigação da PF.
O caso provocou repercussão porque envolve Rosemary Noronha. Ela foi indicada em 2005 pelo então presidente Lula para a chefia de gabinete da Presidência em São Paulo e mantida por Dilma Rousseff. Também foram investigados diretores de agências da reguladoras da União.
O superintendente da PF em São Paulo, Roberto Troncon Filho, havia previsto há uma semana que o relatório final só ficaria pronto entre o final de janeiro e o início de fevereiro. Para este ano, segundo Troncon, só haveria um relatório parcial.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, havia previsto um prazo menor ao depor no Congresso na última quarta-feira: de até 20 dias.
O prazo legal para a entrega do relatório final é de 15 dias quando há réus presos, o caso da Porto Seguro.
É a primeira vez desde 2003 que a PF em São Paulo conclui o relatório final no prazo de duas semanas em operações dessa complexidade.
O inquérito da operação, aberto em março de 2011, tem cerca de 4.000 páginas.
Normalmente, o delegado pede mais prazo para analisar o material recolhido. Na Porto Seguro, houve buscas no escritório e na casa de 18 investigados no dia 23.
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De Mario Cesar Carvalho e José Ernesto Credendio, JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO, SP
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