terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Com a doença de Hugo Chávez, Venezuela vê declínio de influência na América


Com a doença do presidente Hugo Chávez e as incertezas sobre os rumos da política e da economia venezuelanas, Caracas deve assistir a uma aceleração do declínio de sua influência na América Latina, segundo analistas ouvidos pela agência britânica de notícias BBC. E para alguns, dificuldades na transição política em um eventual afastamento permanente de Chávez podem até fazer o país passar de um polo de poder regional para centro de uma nova crise política latino-americana.
Até 2011, Chávez conseguiu expandir a influência da Venezuela na América Latina de duas maneiras, como explicam Carlos Romero, autor de Jugando con el globo: la política exterior de Hugo Chávez (“Brincando com o globo: a política exterior de Hugo Chávez”, em tradução livre), e Francine Jácome, do Instituto Venezuelano de Estudos Sociais e Políticos (IVESP).
Primeiro, ele fez uso do que ficou conhecido como “diplomacia do petróleo”: a venda subsidiada de petróleo venezuelano a países menores da região, principalmente na América Central e Caribe, com o objetivo de conquistar o apoio político desses países.
Segundo, esteve à frente ou teve um protagonismo importante em uma série de inciativas políticas e esquemas de integração regional, tais como a Aliança Bolivariana para as Américas (Alba  um bloco de forte viés ideológico, liderado pela Venezuela) e a União de Nações Sul-Americanas (Unasul).
Foi Chávez quem propôs o chamado Banco do Sul, o fundo monetário da Unasul, por exemplo. E ele também vinha se empenhando para levar adiante projetos como o Gasoduto do Sul e a criação da Petroamerica, uma união de petrolíferas estatais. Por volta de 2010, houve até quem visse na Venezuela um potencial rival do Brasil na busca por uma liderança regional – embora autoridades brasileiras e venezuelanas negassem qualquer rivalidade. (...)

De BBC Brasil, América Latina, CORREIO DO BRASIL online

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