segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Vídeo é primeira prova de vida de espanhóis sequestrados na Argélia

BAMAKO - Dois espanhóis e uma italiana sequestrados na Argélia em outubro e supostamente mantidos reféns por um grupo dissidente da Al-Qaeda são observados vivos em um vídeo mostrado a um correspondente da AFP nesta segunda-feira.

Nesta gravação de menos de dois minutos, é possível ver com nitidez o rosto de um homem e de duas mulheres. As imagens são precedidas pelo nome da organização, até agora desconhecida, que reivindicou o sequestro: Jamat Tawhid Wal Jihad Fi Garbi Afriqqiya (Movimento Unidade para a Jihad da África Ocidental).

Cada um dos reféns - um homem e uma mulher espanhóis e uma italiana - se apresenta em sua língua, sem reivindicar nada.

O homem tem o pé esquerdo enfaixado. As duas mulheres aparecem vestidas com uma túnica azul e utilizam um véu de cor mostarda. Atrás dos reféns, é possível ver homens armados com o rosto coberto em parte por um turbante. Muitos deles são negros.

Os três reféns foram sequestrados no dia 23 de outubro em Hasi Rabuni, que abriga a sede do governo da República Árabe Saaaraui Democrática (RASD-Polisário) perto de Tinduf, onde encontram-se os campos de refugiados saarauis.

A Frente Polisário, que luta com o apoio da Argélia pela independência do Saara Ocidental, um território do sul do Marrocos próximo a Tinduf em sua vertente nordeste, atribuiu este sequestro à AQMI (Al-Qaeda no Magreb Islâmico).

Havia assegurado que os sequestradores chegaram de Mali e levaram os reféns a este país, mas o governo malinês desmentiu. No sábado, o Movimento Unidade para a Jihad na África Ocidental, considerado dissidente da AQMI, reivindicou os sequestros.


De CORREIO BRAZILIENSE

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