Carros pequenos e racionais estão fazendo a cabeça de muita gente. Não só por economia e praticidade, mas também porque estão cada vez mais requintados. São os pequenos frascos de muitas marcas de luxo. Se não têm necessariamente os melhores perfumes, pelo menos têm aroma agradável, como a Aston Martin mostrou ao transformar um Toyota iQ em um Cygnet. Mas o modelo urbano da marca britânica é mais do que isso.
O que ele tem de diferente, em relação ao equivalente modelo japonês, são o acabamento e o logotipo, o que o coloca no rol do badge engineering, a engenharia dos emblemas. Se soa estranho imaginar que
uma marca de alto prestígio como a Aston partiria para algo do tipo, pense no seguinte: muita gente compra carro pelo status, não importa se foi realmente desenvolvido pela marca que o vende.
Não fosse assim, o Porsche Cayenne, gêmeo do VW Touareg, seria um fracasso de vendas. Fora isso, o Cygnet é o modelo mais barato da Aston, um carro de grande volume de produção. Como consome moderadamente, ajudará a marca a ter níveis melhores de emissão de poluentes na Europa. E a sujeitará a um tratamento tributário melhor. Em suma, o Cygnet atende o público e atende a marca. Nenhum produto de sucesso precisa de mais do que isso.
Com apenas 3,08 m de comprimento, 1,68 m de largura, 1,50 m de altura e capacidade para quatro assageiros, o carrinho tem motor 1.3 de 98 cv e 12,8 mkgf. Diz a fábrica que, com transmissão de seis marchas ou CVT, ele acelera de 0 a 100 km/h pouco abaixo de 12 s, o que é alto para um Aston, mesmo sendo, na realidade, um Toyota. Em compensação, ele faz 20 km/l, segundo a marca. Quando chegar por aqui, terá preço estimado de R$ 100 mil.
O MAIS LEGAL
É pequeno, econômico e luxuoso. Como a Toyota não vende o iQ por aqui, nenhum comprador correrá o risco de ter seu carro confundido com um japonês popular.
De CAR AND DRIVER / UOL
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