Logo depois da cerimônia de entrada da Venezuela no Mercosul, terça-feira em Brasília, o presidente Hugo Chávez voltou correndo para Caracas e chamou uma coletiva de imprensa para trombetear seu grande feito.
O detalhe é que Chávez está em plena batalha eleitoral, e a entrada da Venezuela no Mercosul tornou-se enorme trunfo da sua campanha.
Outro detalhe é que a campanha de Chávez é conduzida pelo marqueteiro petista João Santana, que fez a campanha de Dilma e agora espalha o softpower brasileiro pelo continente via aliados regionais do lulo-petismo.
Chávez quebrou o protocolo e a programação em Brasília ao insistir em subir a rampa do Planalto com seus colegas: prova de prestígio e de que está bem de saúde. E uma grande imagem para o marketing de Santana.
A dúvida, ainda não esclarecida publicamente, é quem teve a engenhosa ideia de usar o impeachment relâmpago (mas constitucional) do então presidente paraguaio Fernando Lugo para permitir a entrada de Caracas no bloco mesmo sem a aprovação unânime de seus membros, como manda a norma.
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De Sérgio Malbergier, FOLHA
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