Kennedy brinca com o filho, John Kennedy Jr., 2, na Casa Branca, cerca de um mês antes de seu assassinato
O presidente John Kennedy abriu o jornal certa manhã de 1963 e descobriu, horrorizado, que seus ajudantes de ordens militares haviam ordenado a instalação de um leito hospitalar em uma base aérea em Cape Cod, caso a primeira dama, grávida, entrasse em trabalho de parto. Ele acreditava que os US$ 5 mil gastos em mobília representavam um desperdício e que poderiam causar um desastre de relações públicas capaz de levar o Congresso a cortar seu orçamento militar. O presidente, zangado, apanhou o telefone.
Primeiro, ele deu uma bronca em um de seus assessores de imprensa. Exigiu que a mobília fosse devolvida e que os responsáveis --"incluindo aquele idiota que se deixou fotografar do lado do leito"-- fossem transferidos para o Alasca.
Depois, ligou para o general Godfrey McHugh, seu ajudante de ordens da força aérea. "Por que diabos eles permitiram que os jornalistas vissem o quarto?", tonitroou o presidente. "Vocês acabam de torpedear o orçamento da força aérea!"
E as duas broncas não foram o suficiente para que ele controlasse sua raiva quanto ao assessor que se deixou fotografar do lado do leito. "É um bastardo idiota", reclamou Kennedy. "Não queria tê-lo nem dirigindo um bordel", E antes de desligar, o presidente ainda definiu todo o episódio por meio de um palavrão.
By Katharine Q. Seelye, NEW YORK TIMES
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