Dilma Rousseff passando por Buenos Aires, apesar de breve, foi um gesto político que transcendeu a mensagem aos chefes de negócios, Argentina e Brasil que disputa lugares nas imediações do chefe de Estado. Mas a presidente brasileira, que chegou ao meio-dia no setor militar do Aeroparque, para viajar de helicóptero para Los Cardales, não perdeu a oportunidade de dizer a sua colega Cristina Kirchner, as divergências que mancham a relação bilateral e, de vez portanto, gerar irritação em Brasília.
As duas líderes tiveram um encontro anterior, não só longe dos olhos e ouvidos da imprensa, mas também de seus próprios empregados. De acordo com fontes, que disse a este jornal, o Palácio do Planalto, a citação "estava sozinho, ou seja, sem testemunhas." Mas isso não impediu que vazassem alguns dos conteúdos. Sabe-se que uma parte importante do diálogo girou em torno da crise internacional, que, segundo Dilma "afeta nossos países", mas a visão de Cristina, a crise afeta exclusivamente a Europa, especialmente a Espanha.
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Por Eleonara Gosman, JORNAL CLARÍN, ARG
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