terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Dilma pede respeito e diz que denúncias de Valério são 'lamentáveis'


Em solidariedade, presidente da França afirma que Lula é uma 'referência'



PARIS - A presidente Dilma Rousseff comentou nesta terça-feira, 11, em Paris, as denúncias feitas pelo publicitário Marcos Valério e reveladas pelo Estado sobre os vínculos entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o escândalo do mensalão. Em uma coletiva ao lado do chefe de Estado da França, François Hollande, Dilma taxou de "lamentável" o que definiu como tentativa de "destitui-lo da imensa carga de respeito que o povo brasileiro lhe tem". Em solidariedade, o francês disse que Lula "é uma referência".

Dilma se manifestou sobre o tema quando foi indagada por jornalistas brasileiros ao término do encontro bilateral com Hollande. Em tom severo, a presidente pediu para responder antes do francês e reiterou sua "admiração, respeito e amizade pelo presidente Lula". "Eu repudio todas as tentativas, e esta não é a primeira vez, de destituí-lo da imensa carga de respeito que o povo brasileiro lhe tem", afirmou, enumerando políticas de seu antecessor. "Respeito porque o presidente Lula desenvolveu o país e é responsável pela distribuição de renda mais expressiva dos últimos anos. Respeito pelo que ele fez internacionalmente, pela sua extrema amizade pela África, por seu olhar para a América Latina e pelo estabelecimento de relações iguais com os países desenvolvidos do mundo."

A presidente disse ainda que não pretendia responder sobre o assunto no exterior, mas se mostrou instigada a fazê-lo em resposta às denúncias. "Eu não poderia deixar de assinalar que eu considero lamentável essas tentativas de desgastar a imagem do presidente Lula", disse ela, reiterando: "Acho lamentável". Ao término de sua declaração, a chefe de Estado foi aplaudida pelos demais membros do governo brasileiro, entre os quais os ministros Antonio Patriota, Celso Amorim, Guido Mantega, Fernando Pimentel, Aloizio Mercadante e Marco Aurélio Garcia, que acompanhavam a entrevista. 
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De Andrei Netto, de O Estado de S. Paulo

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