Em nova visita imprópria, Lula se encontra com Dilma
Depois de submeter Fernando Haddad ao humilhante papel de subordinado e tentar assumir o protagonismo na articulação política do governo Dilma, a intromissão do ex-presidente começa a causar desconforto em setores do PT.
A presidente Dilma Rousseff desembarcará nesta sexta-feira em São Paulo com dois compromissos oficiais: uma solenidade com atletas paralímpicos e, em seguida, um evento de entrega de 300 casas do programa Minha Casa, Minha Vida. Não consta na agenda, mas Dilma também irá se reunir com o antecessor no cargo, Luiz Inácio Lula da Silva, em horário e local não divulgados - provavelmente, no escritório da Presidência da República na capital paulista.
Não há problema e até é desejável que um ex-presidente da República dê conselhos a aliados, seja consultado em momentos de turbulência e alerte para riscos institucionais. Foi o que fez, por exemplo, o ex-presidente democrata Bill Clinton ao então novato Barack Obama, quando recomendou mais otimismo em relação à crise financeira mundial e defendeu uma regularização da situação dos imigrantes ilegais. No cenário nacional, a participação de Lula também seria compreensível se ele não extrapolasse os limites da sua atual condição de "ex-presidente".
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As reais pretensões políticas de Lula ainda não são claras nem mesmo para aliados. Interlocutores negam a hipótese de uma candidatura presidencial em 2014, mas, nos bastidores, quem convive com o ex-presidente há tempos, não trata essa possibilidade como assunto resolvido. O próprio Lula deixou escapar suas ambições no ano passado, quando fez campanha proibida e levou o então "poste" Fernando Haddad ao "Programa do Ratinho", no SBT. Questionado pelo amigo e apresentador de TV se pensava em voltar à cena política em 2014, Lula rebateu: “Se ela (Dilma) não quiser, eu não vou permitir que um tucano volte a ser presidente do Brasil”. (...)
De Política, Portal VEJA
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