segunda-feira, 20 de maio de 2013

PF vai investigar boatos de suspensão do Bolsa Família


Ministra nega o fim dos benefícios e garante que o calendário de pagamentos continua em vigor no País


A Polícia Federal vai investigar a onda de boatos que percorreu vários Estados de que o Bolsa Família seria encerrado. Desde sábado, 18, o rumor de que o programa de transferência de renda seria finalizado levou milhares de beneficiários a procurar a Caixa Econômica Federal para sacar o benefício deste mês.
A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, negou a possibilidade de suspensão dos benefícios e garantiu que o calendário de pagamentos continua em vigor. "Não existe qualquer motivo - seja operacional ou de alteração de política - que justifique a população ficar preocupada e se dirigir às agências bancárias." Ela orientou que as famílias sigam as datas estabelecidas no calendário, entregue anualmente.
Apesar de dizer que a presidente Dilma Rousseff está monitorando o assunto e que o Bolsa Família é um dos principais programas do Executivo, Campello acredita que os boatos não afetam a imagem do governo. "Essa atitude prejudica a população, não prejudica o governo. A população é quem mais sofre com isso", colocou.
Polícia
Questionada se a origem do boato poderia ter alguma motivação política, Campello afirmou que "não adianta tentar antecipar" e que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, informou que a PF já iniciou a investigação da prática de crime no episódio.
"Esperamos que tenha sido um mal entendido. Eu não consigo entender o que alguém ganharia divulgando esse tipo de informação. O Bolsa Família está consolidado, é um programa de sucesso." Campello disse que está garantido o orçamento do programa para este ano, que é de R$ 24 bilhões.
A corrida ao banco aconteceu principalmente nas capitais do Nordeste, além de algumas do Norte e no Rio de Janeiro. Dados parciais da Caixa e do ministério, atualizados ontem, apontam o Ceará como o Estado mais prejudicado, onde 34 agências tiveram problemas. Lá estão mais de um milhão das 13,8 milhões de famílias atendidas pelo programa no País. 

De Lais Alegratti, da agência Estado, portal ESTADÃO

Nenhum comentário:

Postar um comentário