quinta-feira, 20 de junho de 2013

Ceará: Racionamento de água motiva críticas ao givernador e a presidente Dilma

Deputados estaduais voltaram a cobrar ações mais consistentes para minimizar os efeitos da seca no Ceará

A notícia de que 25 cidades no Interior do Ceará estão vivendo com racionamento de água em razão do colapso hídrico, provocado pela estiagem prolongada, segundo destacou em sua manchete o Diário do Nordeste da última terça-feira, reacendeu o debate sobre a seca, na Assembleia Legislativa. Para a maioria dos parlamentares ouvidos, a situação é resultado da falta de planejamento dos órgãos estaduais, uma vez que foram avisados previamente de que as chuvas seriam irregulares este ano.

O racionamento no Interior do Ceará foi informado na segunda-feira pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). A matéria mostrou que, com índices pluviométricos 37,7% abaixo da média e com mais de 70 açudes cearenses em alerta (nível abaixo de 30%), o presidente da Cogerh, Yuri de Oliveira, anunciou que cidades como Beberibe, Canindé, Crateús e Tauá estão passando por racionamento.

Para o presidente da Comissão Especial da Seca da Assembleia Legislativa, deputado João Jaime (PSDB), essa situação é resultado da falta de planejamento e de investimentos em obras que resolvessem, de fato, o problema da falta de água. Segundo ele, a maioria das ações que estão sendo desenvolvidas pelo Governo do Estado não tem resultado imediato, como as cisternas de enxurradas. "Como as pessoas vão conseguir acumular água nas cisternas se não vai chover mais?", indaga.

De acordo com o tucano, os R$ 180 milhões enviados pelo Governo Federal e os R$ 20 milhões de contrapartida do Estado para a construção desses equipamentos deveriam ser investidos em adutoras para levar água dos açudes para as cidades. "O erro do Governo do Estado foi aceitar o que o Federal disse. Já que estava dando contrapartida, deveria ter brigado para que esse dinheiro fosse destinado para a construção de adutoras emergenciais", defende.

O parlamentar cearense lembrou ainda que, além de as cisternas de enxurradas não surtirem efeito imediato para o problema da falta de água, o dinheiro para a construção desses equipamentos está sendo desviado pelas organizações não governamentais (ONGs) responsáveis pela execução da obra. Segundo João Jaime, na conta de apenas uma dessas organizações foram encontrados R$ 5 milhões. "Valor que eu desafio qualquer prefeitura de pequeno porte ter atualmente em caixa"...


De política, jornal DIÁRIO DO NORDESTE

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