SÃO PAULO - A onda de manifestações que se alastrou pelo país fez o governo Dilma
Rousseff bater um incômodo recorde: desde o Plano Collor, em 1990, que
confiscou a poupança da população, um presidente não registra uma perda
tão forte de popularidade de uma pesquisa para outra. O levantamento do
instituto Datafolha, publicado pelo jornal Folha de S. Paulo neste
sábado, indica uma queda de 27 pontos em três semanas.
Na primeira semana de junho, antes da onda de protestos, a aprovação
do governo era de 57% - soma de respostas bom e ótimo. Em março, no auge
da popularidade, o índice alcançou 65%. Na nova pesquisa, a aprovação
caiu para 30%.
A queda só não foi menor que a ocorrida no governo Fernando Collor.
Na época, após o confisco, a aprovação caiu 35 pontos, de 71% para 36%.
No entanto, a popularidade da gestão Dilma caui hoje para patamar menor
do que a de Collor à época.
Já o percentual do brasileiros que julga a gestão Dilma como ruim ou
péssima também deu um salto: saiu de 9%, no início de junho, para 25%.
E, numa escala de 0 a 10, a nota média da presidente caiu de 7,1 para
5,8.
De jornal VALOR ECONÔMICO
O Datafolha ouviu 4.717 pessoas em 196 municípios. A margem de erro
da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
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