domingo, 14 de julho de 2013

Documentos de Snowden podem ser o pior pesadelo dos EUA, diz jornalista

BUENOS AIRES - O ex-espião americano Edward Snowden, que está foragido, controla informações perigosas que podem se tornar o "pior pesadelo" dos Estados Unidos se forem reveladas, disse um jornalista familiarizado com os dados a um jornal argentino.
Glenn Greenwald, o jornalista do Guardian que publicou pela primeira vez os documentos que Snowden divulgou, disse em entrevista publicada neste sábado que o governo americano deveria tomar cuidado na perseguição ao ex-analista de computadores.
"Snowden tem informações suficientes para causar mais danos ao governo dos Estados Unidos em um único minuto que qualquer outra pessoa já teve", disse Greenwald, no Rio de Janeiro, ao jornal argentino La Nación.
"O governo dos Estados Unidos deveria ajoelhar-se todos os dias e implorar que nada aconteça com Snowden, porque, se algo acontecer com ele, todas as informações serão reveladas, e pode ser o pior pesadelo".
Snowden, que está sendo processado por Washington após revelar detalhes de um programa de monitoramento secreto, está confinado em um aeroporto de Moscou desde 23 de junho e busca refúgio na Rússia até conseguir uma passagem segura para a América Latina, onde diversos países ofereceram-no asilo.
Greenwald disse à Reuters na terça-feira que Snowden deve aceitar asilo na Venezuela, um dos três países latino-americanos que fizeram essa oferta.
As informações vazadas por Snowden sobre segredos de espionagen americanos, que incluem monitoramento de emails, irritaram amigos e inimigos deWashington da mesma forma.
Líderes na América Latina criticaram os Estados Unidos após Greenwald noticiar em um jornal brasileiro que a região era um dos objetivos dos programas de espionagem que monitoravam a internet.
Washington pediu que os países não deem livre trânsito a Snowden.
Greenwald disse em entrevista ao La Nación que os documentos que Snowden guardou em diferentes partes do mundo detalham quais programas de espionagem americanos capturam as transmissões da América Latina e como funcionam.

De REUTERS BRASIL

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