sábado, 7 de novembro de 2015

Uma paulada no kirchnerismo


Pela primeira vez na história recente, a eleição presidencial naArgentina será decidida num segundo turno. Em 22 de novembro, os eleitores terão de escolher entre o candidato do governismo, Daniel Scioli, apoiado pela presidente Cristina Kirchner e representante da ala mais radical e populista do peronismo, e Mauricio Macri, prefeito de Buenos Aires, defensor da abertura econômica do país. Scioli obteve uma votação bem aquém do previsto, com 36,9%, enquanto Macri e sua coligação, Cambiemos (Mudemos), ficaram com 34,2% dos votos.

O segundo turno representa uma dura derrota para o kirchnerismo. Daniel Scioli era considerado favoritíssimo. As pesquisas eleitorais mais confiáveis cravavam o candidato de Cristina Kirchner com uma vantagem de mais de 10 pontos percentuais sobre Macri, muito perto de uma vitória no primeiro turno. Esta não foi a única derrota. O kirchnerismo perdeu a maioria na Câmara, viu seus currais eleitorais históricos diminuir, e perdeu a província de Buenos Aires, sua principal base territorial. Ali, Maria Eugenia Vidal, da coligação de Macri, derrotou Aníbal Fernández, o desprestigiado chefe de gabinete de Cristina, acusado de manter ligações com o tráfico de drogas. O peronismo não perdia uma eleição na província de Buenos Aires desde 1987. Depois do revés, o próprio Scioli, de olho no segundo turno, deu declarações que mostram afastamento das ideias de Cristina Kirchner...

De redação, ÉPOCA

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