A ditadura militar se aproximava do fim quando o ex-governador baiano Antônio Carlos Magalhães (ACM) peitou um dos homens mais fortes do regime: o ministro da Aeronáutica, brigadeiro Délio Jardim de Matos.
Matos acusara ACM de traição por rejeitar a candidatura do governista Paulo Maluf na eleição indireta para a Presidência e apoiar o oposicionista Tancredo Neves.
ACM retrucou: "Traidor é quem apoia corruptos".
A declaração expôs o racha que resultaria no partido que, passados 33 anos e após nova metamorfose, volta a se acercar da cadeira presidencial - agora com o nome Democratas (DEM) e liderado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que assumirá o Planalto se Michel Temer for afastado.
"Foi um lance genial", lembra David Fleischer, professor de ciência política da Universidade de Brasília (UnB).
Criticar publicamente um ministro da ditadura poderia significar o fim de uma carreira política - ou algo pior...
De João Fellet, BBC
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