O dólar mais alto cria uma nova realidade. A moeda americana ficará oscilando, mas já atingiu um novo patamar. Isso afeta diretamente o preço de alguns produtos, como o pãozinho e as massas. Afeta indiretamente também os preços de produtos industriais fabricados no Brasil por causa dos componentes, peças e matérias-primas importados.
Atinge também o açúcar, cotado em dólar, apesar de o Brasil ser o maior exportador.
A boa notícia: o Banco Central tem muita munição para enfrentar esse momento e já esperava por ele. A instituição alertou muito as empresas de que isso poderia acontecer, ou seja, o dólar poderia subir de repente num cenário de crise internacional.
Hoje, o BC tem US$ 150 bilhões a mais do que tinha em 2008 e impôs às empresas e bancos que dessem mais informações sobre suas posições no dólar futuro e limitassem essas operações.
Portanto, não vai se repetir uma crise como a de 2008, com aquela gravidade. Mas a alta brusca da moeda americana cria problemas para todo mundo. Quem vai viajar deve tomar cuidado com as compras no cartão. Quem já viajou, prepare-se para a conta. Ela já está bem mais alta.
De Miriam Leitão
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