A medida terá maior impacto sobre os estados: boa parte deles não aplica os 12% do que arrecadam na saúde, como exige a emenda. Para os municípios, esse percentual é de 15%. Alguns gestores incluem na conta outras despesas que pouco tem a ver com a saúde. A Emenda 29 torna mais claros esses critérios. Ao mesmo tempo, o texto aumenta a necessidade de um afluxo maior de recursos para o setor. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, deu a conta aos deputados nesta terça-feira: "Se o Brasil quiser chegar a patamares parecidos a seus parceiros sulamericanios, precisa colocar pelo menos mais 45 bilhões de reais na saúde. Isso, para não ficarmos atrás de Chile e Argentina". O projeto também define que a União deve gastar 10% de sua receita bruta com a saúde - índice que já é cumprido hoje.
Demora - Ao mesmo tempo, uma alteração feita pela Câmara no texto pode acabar retirando recursos da saúde. Isso porque os deputados retiraram do cálculo do orçamento dos estados os recursos do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Com isso, a base de cálculo diminui e cai o valor bruto a ser destinado à saúde. De acordo com o Ministério da Saúde,a diferença é de 6 bilhões de reais anuais. O governo vai pedir que os senadores corrijam o texto.
Por Exame.com
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