quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Reunião do FMI não solucionará a crise, dizem analistas


O agravamento da crise da zona do euro, com a expectativa crescente de um calote desordenado da dívida soberana da Grécia e o rebaixamento da nota de classificação de risco da Itália, será o foco dos debates da reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, que tem início neste final de semana em Washington, mas analistas internacionais não esperam medidas concretas do encontro nem ajuda formal dos Brics (Brasil, Rússia, Índia e China) para a zona do euro.
"Não acho que deveríamos esperar alguma decisão concreta", afirmou à Agência Estado o diretor-gerente para mercados emergentes do Goldman Sachs, Paulo Leme. "Se alguém está esperando algum anúncio sobre gestão de dívida soberana ou sobre o fundo de estabilização financeira da Europa, o EFSF, ou sobre utilização do balanço do BCE (Banco Central Europeu) para operações de liquidez, ficará decepcionado."
Para Leme, é razoável esperar, no texto do comunicado final da reunião na capital americana, uma maior pressão sobre os líderes políticos europeus para uma resolução mais rápida para a crise. "Mas em termos concretos, não acredito que seja o fórum adequado", disse. Leme acredita que as atenções de curto prazo dos investidores estão, de fato, na Europa, mas no médio e longo prazos, continua a preocupação com a situação fiscal dos Estados Unidos.

Por Veja.com

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