sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Orlando Silva e Kadafi, para o PC do B, homens exemplares.


Enquanto se esforça para manter Orlando Silva no cargo, o PCdoB lamenta a morte do ditador líbio Muamar Kadafi. Fiel às origens stalinistas, a legenda sempre esteve ao lado do tirano -- que se dizia socialista. Uma ginástica argumentativa que transforma a defesa do indefensável ministro do Esporte em brincadeira infantil.
Para os integrantes do PCdoB, os levantes populares que deram início à derrubada de Kadafi foram um teatro. “É um crime do imperialismo e dos seus agentes na Líbia”, diz, em vídeo divulgado na página do partido, o secretário de Comunicação comunista, José Reinaldo Carvalho -- que aproveita para lamentar a morte de Saddam Hussein, Osama bin Laden (“o suposto autor dos atentados de 11 de setembro”) e do genocida sérvio Slobodan Milosevic (veja abaixo).
“Muamar Kadafi será pelo tempo afora recordado como um herói pelos líbios que amam a independência e a liberdade. E também por muitos milhões de muçulmanos”, afirma outro texto divulgado pelo site da legenda. Protógenes Queiroz, deputado pelo PCdoB, também exaltou a figura do tirano: “A  vitória foi dele. Ele guerreou até o final, ele nasceu guerreando e morreu guerreando”.
Aparentemente, Kadafi -- que financiou terroristas e trucidou opositores por quatro décadas -- era uma referência moral para os comunistas. Mais ou menos como Orlando Silva.

De Gabriel Castro/VEJA

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