Os serviços de preparação para a Copa do Mundo de 2014 no País e os Jogos Olímpicos Internacionais de 2016 na capital fluminense já provocaram, pelo menos, 21 casos de remoção forçada de moradores em sete capitais, de acordo com o dossiê Megaeventos e violações de direitos humanos no Brasil. O documento, divulgado ontem pela Articulação Nacional de Comitês Populares da Copa, traz relatos de desalojamentos irregulares em Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo, assim como em Fortaleza.
Os comitês populares são organizações formadas a partir da união de movimentos sociais, acadêmicos e organizações políticas para fiscalizar e denunciar abusos e ilegalidades relacionados aos megaeventos esportivos que o Brasil vai receber nos próximos anos. De acordo com o relatório, as ações de desocupação de comunidades e famílias são marcadas pela arbitrariedade. O dossiê estima que até 170 mil pessoas possam ser removidas para dar espaço a empreendimentos de infraestrutura ligados aos eventos esportivos.
Na capital paulista, o levantamento destaca a construção do Parque Linear Várzeas do Tietê. De acordo com o documento, mais de quatro mil famílias já foram removidas do local, “sem serem consultadas sobre a implantação do parque e sem saber para onde iriam”. Outras mais de seis mil também podem ser despejadas.
De O Povo online
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