A despeito do ritmo fraco da atividade econômica no país, a taxa de
desemprego medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) recuou de 6% em abril para 5,8% em maio, o menor patamar para o
mês desde 2002. O índice é calculado a partir das taxas pesquisadas em
seis regiões metropolitanas – Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Rio
de Janeiro, Salvador e São Paulo.
O resultado intrigou economistas, que não esperavam fôlego na
retomada das contratações num momento em que a economia patina, e ainda
procuram explicações. “Pode ser que a produtividade esteja caindo, que
tenha que colocar mais gente para produzir a mesma coisa, ou que tenha
mais gente trabalhando no setor de serviços”, avaliou Alexandre
Schwartsman, ex-diretor do Banco Central.
O aumento na renda real do trabalhador, impulsionado pelo reajuste do
salário mínimo em janeiro, estimula a demanda por serviços, justamente o
setor que aponta um saldo maior de vagas na Pesquisa Mensal de Emprego
(PME). “É um negócio que se retroalimenta: com aumento do pessoal
ocupado e aumento da renda, a expansão da massa salarial estimula a
demanda por serviços e bens de comércio”, disse Rafael Bistafa,
economista da Rosenberg & Associados.
De Gazeta do Povo
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