Trata-se de uma saga, que consumiu um ano de trabalho e onze anos de preparação do escritor, que se estende do final da Guerra de Secessão até a Primeira Guerra Mundial entrelaçando a história de sua família, do seu país e da condição humana, condenada a viver num mundo do qual Deus partira.
A leste do Éden, que teve título original o Vale de Salinas (terra natal do escritor), embora inicialmente recebida com frieza, é uma obra que ficou permaneceu. “...Esse campo de batalha entre o bem e o mal, o mais humano de todos, o homem arrependido”, deu a posteridade a obra. E diz Steinbeck : “E em uma coisa eu acredito: que a mente livre e investigativa do indivíduo humano é o que há de mais valioso no mundo. E por uma coisa eu lutaria: pela liberdade da mente para tomar qualquer direção que deseje, sem nenhuma pressão. E contra uma coisa eu devo lutar: qualquer ideia, religião ou governo que limite ou destrua o indivíduo. É isto o que eu sou e é isto o que penso. Posso entender por que um sistema baseado numa certa organização deva tentar destruir a mente livre, pois ela é algo que através da análise pode destruir tal sistema. Certamente, sou capaz de entender isso, e o odeio, e lutarei contra ele para preservar a única coisa que nos separa dos animais não criativos. Se a glória puder ser morta, estamos perdidos”.
De Antonio Campos/JORNALDO BRASIL
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