terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Lucro do Itaú cai 5% no 4o tri, mas fica dentro do esperado


SÃO PAULO, 5 Fev (Reuters) - O Itaú Unibanco, maior banco privado do país, encerrou o quarto trimestre com queda no lucro líquido, mas com melhora em índices de inadimplência e expectativa de avanço de dois dígitos na carteira de crédito em 2013, após um ano em que reviu critérios de financiamento para conter aumento de calotes.
A instituição, que em 2012 se tornou o primeiro banco privado do país a alcançar a marca de 1 trilhão de reais em ativos totais, teve lucro líquido de 3,492 bilhões de reais nos três meses encerrados em dezembro, queda de 5 por cento sobre o mesmo período de 2011.
Enquanto isso, o lucro recorrente somou 3,5 bilhões de reais, praticamente em linha com a expectativa média de analistas consultados pela Reuters.
Os números do Itaú Unibanco foram divulgados alguns dias após Bradesco e Santander Brasil anunciarem resultados que mostraram fraco crescimento dos empréstimos e manutenção da inadimplência em nível elevado
No caso do Itaú, o índice de calotes em operações vencidas há mais de 90 dias ficou em 4,8 por cento no quarto trimestre, apresentando redução tanto nas linhas de pessoa física quanto jurídica. Um ano antes, o indicador havia sido de 4,9 por cento e no terceiro trimestre, de 5,1 por cento.
Já as despesas com provisão para perdas com crédito somaram 5,68 bilhões de reais no quatro trimestre, abaixo dos 5,94 bilhões verificados nos três meses anteriores, mas acima dos 5,45 bilhões registrados um ano antes.
Diante de maior cautela na concessão de financiamentos no ano passado, a carteira do crédito do Itaú fechou 2012 em 426,59 bilhões de reais, crescimento de 7,45 por cento sobre 2011.
Para 2013, porém, o banco demonstra mais otimismo, com uma expectativa de crescimento da carteira entre 11 e 14 por cento, enquanto as despesas com provisões são esperadas entre 19 bilhões e 22 bilhões de reais, após 23,64 bilhões em 2012.
Ainda nesta terça-feira, o Itaú Unibanco informou que seu conselho de administração aprovou declaração de juros complementares sobre capital próprio a seus acionistas de 0,3824 real por ação relativos a 2012. O pagamento será feito em março.
De Alberto Alerigi Jr., portal REUTERS BRASIL

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