NOVA YORK - No mesmo dia em que começou o prazo para que as defesas dos condenados no processo do mensalão apresentem seus recursos, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, participou em Nova York da cerimônia de gala que celebra, há dez anos, a edição da revista “Time” que lista as 100 pessoas mais influentes do mundo. O ministro foi um dos eleitos pela publicação americana, ao lado de personalidades como o papa Francisco, a jovem ativista paquistanesa Malala Yousafzai e o cineasta Steven Spielberg. Outro brasileiro, o chef paulista Alex Atala, também figura na relação de 2013.
— É uma honra extraordinária para mim, para o órgão ao qual eu pertenço e para o meu país —limitou-se a dizer o ministro, evitando qualquer pergunta sobre o mensalão.
Joaquim Barbosa chegou de motorista, vestindo um terno cinza, e entrou pelo tapete vermelho estendido na porta do Time Warner Center, em Columbus Circle, logo atrás de outros homenageados como a jornalista Arianna Huffington e o ator e apresentador de TV Jimmy Fallon. O ministro figura na categoria “Pioneiros” da revista – as outras são “Titãs”, “Líderes”, “Artistas” e “Ícones” –, para quem ele“simboliza a promessa de um novo Brasil”. A “Time” lembrou ainda que Barbosa é o primeiro negro a comandar o Judiciário brasileiro e destaca seu papel durante o julgamento do mensalão.
O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e alguns outros nomes listados na edição especial da publicação fizeram discursos na noite, que teve shows de Christina Aguilera e Miguel, também presentes no elenco.
Entre a multidão de curiosos que se aglomeravam na porta do Jazz at Lincoln Center nesta terça-feira para ver os homenageados estava o casal de gaúchos Solange Brum e Vanderlei Pires, de férias em Nova York.
— Joaquim Barbosa é o brasileiro mais confiável no momento. Talvez o único — disse Pires.
Mais cedo, Joaquim Barbosa fez palestra na Universidade de Princeton, em Nova Jérsei, onde falou sobre questões como o sistema de cotas em universidades, a união estável entre pessoas do mesmo sexo e as pesquisas com células-tronco.
De Isabel De Luca, jornal O GLOBO
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