terça-feira, 23 de abril de 2013

Mulher de suspeito por ataque em Boston auxilia investigação


PROVIDENCE/BOSTON - A viúva de Tamerlan Tsarnaev, suspeito de ser um dos autores do atentado da semana passada na Maratona de Boston, está colaborando com as autoridades e se sente chocada com as acusações imputadas ao seu marido e ao seu cunhado, disse o advogado dela na terça-feira.
"Ela chora muito", disse Amato DeLuca sobre Katherine Russell, de 24 anos, uma norte-americana que se converteu ao islamismo e se casou com Tsarnaev em junho de 2010. "Ela não consegue ir a lugar nenhum. Não consegue trabalhar."
Tsarnaev, de 26 anos, morreu na quinta-feira em tiroteio com a polícia, e seu irmão mais novo, Dzhokar, de 19 anos, está internado em um hospital de Boston com ferimentos que sofreu durante a caçada da qual foi alvo.
Ele foi indiciado formalmente na segunda-feira, e pode ser condenado à morte pela dupla explosão que matou três pessoas e feriu 264 outras junto à linha de chegada da maratona, em 15 de abril.
Os dois irmãos, imigrantes de origem chechena, são os únicos suspeitos conhecidos por enquanto. Por gestos com a cabeça e por escrito, Dzhokar disse às autoridades que ele e o irmão agiram sozinhos, motivados apenas pelo desejo de defender o islamismo por causa "das guerras dos EUA no Iraque e Afeganistão", segundo a NBC News. Ele disse também que a dupla aprendeu pela Internet a fazer bombas com panelas de pressão.
O advogado de Katherine Russell convocou uma entrevista coletiva para negar que ela tivesse tido relação ou ciência das explosões. Afirmou que a mulher estava ocupada cuidando da filha do casal, de dois anos e meio, e trabalhando como auxiliar de enfermagem para clientes domésticos.
"Ela está fazendo tudo o que pode para auxiliar a investigação", disse DeLuca em frente ao seu escritório em Providence, Rhode Island. "Os relatos de envolvimento do seu marido e cunhado foram um choque absoluto para todos eles."
Também na terça-feira, foi enterrada a mais jovem vítima fatal do atentado, Martin Richard, de 8 anos.


De Svea Herbst-Bayliss e Scott Malone, agência REUTERS BRASIL

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