sexta-feira, 12 de abril de 2013

Pela primeira vez a presidente Dilma fará visita de Estado aos EUA


EXCLUSIVO-Dilma vai fazer rara visita de Estado aos EUA


SÃO PAULO - A presidente da República, Dilma Rousseff, vai realizar a primeira visita de Estado formal de um líder brasileiro aos Estados Unidos em quase duas décadas, um marco diplomático para uma potência emergente que já entrou em conflito com Washington mas está ansiosa por laços mais próximos e reconhecimento de seu crescente prestígio.

A viagem ocorrerá daqui a alguns meses, provavelmente em outubro, disseram autoridades à Reuters sob condição de anonimato porque a Casa Branca ainda não anunciou a visita. Uma porta-voz da Casa Branca recusou-se a comentar.

Uma visita de Estado, que inclui elaboradas formalidades como um jantar formal e uma cerimônia militar no momento da chegada, é geralmente reservada para os parceiros estratégicos mais próximos de Washington.

"São ótimas notícias, há muito esperadas", disse o diretor do Instituto Brasil do Wilson Center, em Washington, Paulo Sotero. "Mostra que os Estados Unidos realmente valorizam a relação, que é o que o Brasil mais quer ouvir".

A melhora nos laços diplomáticos provavelmente vai reacender esperanças por um tratado amplamente desejado para evitar dupla taxação sobre empresas norte-americanas e brasileiras, além da chance de maior comércio entre as duas maiores economias do Hemisfério Ocidental.

O comércio bilateral totalizou cerca de 59 bilhões de dólares no ano passado, mas a economia brasileira permanece relativamente fechada a importações e sua população de 200 milhões é considerada um mercado de grande crescimento potencial para companhias dos EUA.

A recepção de tapete vermelho também é uma grande vitória para Dilma, uma líder de esquerda porém pragmática. Ela buscou relações mais próximas com os EUA mas sentiu-se esnobada quando o presidente dos EUA, Barack Obama, não a recebeu com uma cerimônia mais elaborada durante uma visita à Casa Branca em abril de 2012.

As relações têm sido cordiais, porém marcadas por desacordos.
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De Brian Winter, agência REUTERS BRASIL

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