A Polícia Militar começou suas operações na segunda e, desde então, repetem-se os tiroteios entre agentes e traficantes, o comércio de algumas áreas fechou, o transporte de ônibus foi interrompido, as vias de acesso foram várias vezes interditadas e muitos moradores estão em pânico. “Eu só quero paz, não me importa quem ganhe ou perca esta batalha”, dizia uma empregada doméstica, idosa e ofegante ao ter que subir a pé até sua casa, no alto do morro, ante a ausência de vans. Nesta sexta-feira, cinco dias depois do inícios dos confrontos, o Exército foi chamado e 950 militares, que surpreendiam pela sua juventude, cercaram a comunidade. Os moradores, no meio da espetacular operação, eram telespectadores atônitos da sua própria tragédia retransmitida ao vivo nas TVs acesas das barbearias, botequins e pontos de mototaxistas. As últimas informações da cúpula da Secretaria de Segurança Pública do Rio apontam que a invasão supostamente ordenada por Nem foi frustrada e que Rogério 157 resiste –“acuado”– no interior da mata da floresta da Tijuca que circunda a favela...
De El País, Brasil
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