O envolvimento de Gabriel Benedito Issaac Chalita com o mundo da política começou de forma inesperada. Foi aos 15 anos de idade, paramentado de noviço, ao improvisar uma missa no pequeno e pacato município de Bananal, interior de São Paulo. A cidadezinha do Vale do Paraíba é tão tranquila que seu maior atrativo é um chafariz do século XIX espetado na praça principal. No início dos anos 1980, a região costumava receber o então governador, André Franco Montoro, para descansar. Católico, Montoro gostava de ir à missa. Num de seus fins de semana na cidade, o vigário morreu. Como não havia ninguém para substituí-lo, o bispo escalou um adolescente que se destacava no seminário pela expressão verbal esfuziante. Era o jovem Gabriel Chalita.
Por não ter sido ordenado ainda, Chalita só não poderia fazer a consagração. “Quando subi ao altar, o Montoro tomou um susto”, diz. “Ficou perplexo com a imagem daquela criança no lugar do padre.” Ao ouvir a pregação do adolescente, o governador ficou ainda mais impressionado. “Ele voltou para me ver em todas as celebrações e ficou insistindo para eu ir trabalhar com ele. Passamos a trocar correspondência. Depois, fui seu assistente na PUC(Pontifícia Universidade Católica de São Paulo). Foi meu segundo pai”, afirma. A semente estava plantada. Três anos depois, Chalita largou a batina. Aos 19 anos, filiado ao PDT, foi eleito vereador em sua cidade natal, Cachoeira Paulista.
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De ÉPOCA
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