sábado, 2 de fevereiro de 2013

Renan Calheiros é eleito novamente presidente do Senado


BRASÍLIA - O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) retornou nesta sexta-feira à presidência do Senado, cargo ao qual renunciou em meio a denúncias em 2007, após ser eleito pela ampla maioria dos senadores para comandar a Casa pelos próximos dois anos.
Favorito na disputa desde o início, Renan foi indicado por seu partido, o PMDB, que tem a maior bancada da Casa, e venceu com 56 votos, contra 18 do senador Pedro Taques (PDT-MT). Dois senadores votaram em branco e outros dois anularam seus votos.
O senador alagoano volta ao cargo de presidente da Casa depois de ter sido obrigado a renunciar, em 2007, por denúncias de corrupção que envolvem tráfico de influência e apresentação de notas falsas para comprovar sua renda.
"Como antes, agora exercerei a presidência do Senado com isenção, diálogo, equilíbrio, transparência e respeito aos partidos e aos senadores", afirmou Renan em discurso após ser eleito.
"Só aqueles que têm a humildade de assimilar as críticas, que são permeáveis às depurações e admitem corrigir erros mantêm sua respeitabilidade. Aceitar críticas é um gesto de humildade e desejo de interagir com a sociedade. Assim teremos um legislativo forte", afirmou.
Renan foi o indicado pela bancada do PMDB para disputar a presidência. Pela tradição da proporcionalidade, a maior bancada indica o candidato, que é submetido a voto, o que não impede que outros senadores concorram ao posto.
Dentre as propostas apresentadas durante deu discurso de posse, afirmou que "não é o fim do mundo o Congresso derrubar vetos presidenciais". Renan, que com a vitória na eleição para presidente do Senado assumirá também a presidência do Congresso, afirmou que criará um mecanismo para limpar a pauta de vetos.
O ano legislativo de 2012 foi encerrado com um impasse sobre o trâmite de votação de vetos no Congresso. Atualmente, mais de 3 mil vetos presidenciais aguardam a análise do Legislativo. Entre eles, vetos que caso sejam derrubados podem causar dor de cabeça ao Executivo.

Por Maria Carolina Marcello e Jeferson Ribeiro, portal REUTERS BRASIL

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