O presidente dos EUA, Barack Obama, retomou a defesa de sua agenda de energia durante uma cerimônia de sexta-feira (15) em um laboratório de pesquisa do governo nos arredores de Chicago. O presidente defendeu seu projeto de criar um fundo de 2 bilhões de dólares para financiar a investigação em tecnologia de energia renovável e permitir que o país deixe de depender do petróleo estrangeiro dentro de uma década, começa o artigo do jornal El País.
A auto-suficiência energética e o desenvolvimento de energias alternativas garantirão, de acordo com o presidente, o crescimento econômico e a segurança do país.
"Hoje há poucas áreas mais promissoras para a criação de emprego e crescimento da nossa economia que o investimento em energia americana", disse Obama.
"Nossa necessidade de petróleo nos torna muito dependente de outros países, e isso é ruim para a nossa segurança nacional e no exterior", prosseguiu o presidente. "Mas também é essencial para garantir a nossa segurança econômica. Quando o preço da gasolina sobe, é difícil para os empresários planejar seus investimentos e criar mais empregos."
O Fundo de Segurança Energética é, para Obama, um mecanismo essencial para reduzir a dependência dos EUA do petróleo estrangeiro. A proposta do presidente é parte de sua estratégia de energia, que prioriza investimentos em energias renováveis e gás. A iniciativa, que Obama já apresentou em seu discurso sobre o estado da União em 12 de fevereiro, deve ser aprovada pelo Congresso, que contará com a oposição do Partido Republicano, o que favorece a expansão das perfurações petrolíferas submarinas e terrestres nos EUA. “Hoje em dia há poucas áreas mais promissoras para a criação de emprego e crescimento da nossa economia que o investimento em energia americana", argumentou Obama.
Embora o presidente tenha defendido a necessidade de aumentar a produção de petróleo em solo dos EUA, que subiu durante seu primeiro mandato, sua administração tem sido relutante em expandir as perfurações em terras de propriedade do governo federal, uma condição que Republicanos exigiu em troca do seu apoio no Congresso. A proposta de orçamento apresentada na última terça-feira (12) pelo deputado Paul Ryan na Câmara dos Deputados inclui o aumento de receitas federais procedentes, precisamente, da extensão do número de perfurações no país.
O presidente defendeu sua proposta em um laboratório pioneiro em pesquisa de tecnologia para o desenvolvimento de carros elétricos. Obama foi considerado o salvador da indústria automotiva durante seu primeiro mandato com o seu plano de investimento público para estimular o setor. Nesta sexta-feira (15), o presidente aposta que nos próximos 10 anos, graças ao seu fundo, os veículos dos EUA não dependerão exclusivamente do petróleo.
Problemas do setor
O presidente, no entanto, não esquece os problemas ao setor de pesquisa que serão trazidos pelo pacote de cortes de gastos públicos milionários, conhecido como sequestro, que entrou em vigor em 1 de março. "Não podemos permitir que, enquanto na China ou na Alemanha, seus cientistas estão trabalhando e inovando, ficamos presos aqui por causa de uma decisão econômica", lamentou o presidente.
O fundo deverá ser aprovado pelo Congresso, que contará com a oposição do Partido Republicano, favorável à expansão das perfurações petrolíferas submarinas e terrestres nos EUA.
O presidente defendeu suas realizações da política energética e de seus ministros, durante seus quatro anos de mandato. "Dobramos a quantidade de energia eólica e solar. Estamos produzindo mais gás natural do que nunca, criamos centenas de milhares de postos de trabalho para o setor que comprovam essa eficácia."
No entanto, nem todo mundo é tão entusiasta como o presidente sobre os resultados e sua decisão em matéria de meio ambiente. Várias organizações ambientalistas se reuniram do lado de fora do laboratório onde Obama falou para recordar a sua feroz oposição a um megaprojeto de um gasoduto que transportará óleo bruto do Canadá às refinarias no Golfo do México e sobre cuja autorização deve se pronunciar o Departamento de Estado nas próximas semanas.
O desligamento deste oleoduto tornou-se o carro-chefe das batalhas das organizações ambientais, mas tem o apoio de muitos republicanos e democratas no Congresso, convencidos de sua construção através da criação de empregos e desenvolvimento econômico que poderiam ajudar a uma área, a do Golfo, muito sofrida após o desastre do derramamento da BP em 2010.
Até agora, o presidente conseguiu evitar a controvérsia, mas no mês passado, o Departamento de Estado emitiu um relatório favorável à construção do oleoduto, que concluiu que o impacto ambiental seria mínimo.
De jornal DO BRASIL
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