quinta-feira, 4 de julho de 2013

Militares 'enfrentarão desafios para cumprir promessas' no Egito

Fogos de artifício foram disparados e uma vasta multidão gritou e acenou com bandeiras celebrando depois que o então presidente Hosni Mubarak fora retirado do poder em fevereiro de 2011.Foram necessários 18 dias de manifestações de rua sem precedentes para retirar do poder o presidente que governou o país por 30 anos com apenas alguns traços de democracia.
Um período turbulento de governo militar se seguiu até o ano passado, quando eleições livres levaram ao poder o islamita Mohammed Morsi, com 51,7% dos votos.
Neste ano foram necessários só quatro dias de manifestações massivas para depor Morsi após uma onda de críticas e depois que os militares se voltaram contra ele, como haviam feito em relação a seu antecessor.
Então, a questão que permanece sem resposta é se os eventos recentes no Egito darão uma chance para o país reiniciar sua revolução ou se levarão a mais divisões perigosas e violência?

Manobras militares

Quando o comandante geral do Exército, general Abdul Fattah al-Sisi, anunciou a suspensão da nova Constituição – tingida por matizes islâmicos – e seu plano de ação para o retorno a um governo democrático, tomou cuidado para não repetir erros de seu predecessor.
Diferentemente do marechal de campo Hussein Tantawi – o ex-ministro da Defesa de Mubarak que o substituiu temporariamente após sua queda –, o general Sisi apontou o chefe da Suprema Corte Constitucional, Adli Mansour, como novo líder interino. Mansour assumiu o poder nesta quinta-feira.
Sisi disse que um governo tecnocrata ajudará Mansour até que eleições presidenciais e parlamentares sejam realizadas.
Durante seu pronunciamento ao vivo na televisão egípcia, o militar também deixou claro que tinha o apoio simbólico de importantes líderes políticos e religiosos.
Depois de um aumento recente na violência sectária, foi particularmente importante para os militares ouvirem o chefe do Instituto Islâmico al-Azhar e o papa da Igreja Copta dando seu apoio.
O chefe do principal bloco de oposição liberal, Mohammed El Baradei, também falou, dizendo que os pedidos do povo foram atendidos e a revolução de 2011 foi reiniciada...


De internacional, BBC BRASIL.

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