domingo, 9 de novembro de 2014

'Genocídio' de jovens negros é alvo de nova campanha da Anistia no Brasil


O baiano Jorge Lázaro conhece na prática os efeitos da lógica perversa por trás das altas taxas de homicídios no Brasil.
Ele perdeu um filho, morto em uma execução em 2008, e, cinco anos depois, outro de seus filhos foi sequestrado e morto em Salvador.

Negros, jovens e moradores de favela, os fihos de Lázaro são apenas dois dos milhares de jovens assassinados todos os anos com este perfil - uma realidade que deixar de ser "invisível", segundo defende a Anistia Internacional.

A história de Lázaro ilustra um quadro que associa diretamente os altos índices de violência no país a faixa etária, gênero e raça. Do total de 56.337 homicídios ocorridos no Brasil em 2012, 57,6% tiveram com vítimas jovens com idade entre 15 a 29 anos. Destes, 93,3% eram homens e 77%, negros.

Os dados são do Mapa da Violência, compilados com base no Datasus, com base em 2012 - o último disponível.

Três policiais militares são acusados pela morte de Ricardo, o filho que Lázaro perdeu em 2008.

Ele passava férias em Salvador e estava jogando bola com amigos na favela de Bate Facho.

Quatro homens chegaram em um carro, três deles desceram e começaram a atirar. Dois jovens morreram...

De Jefferson Puff, BBC BRASIL

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