sábado, 26 de dezembro de 2015

Sindicato diz que ainda não há situação de tranquilidade em hospitais do Rio


O alívio no atendimento a pacientes que buscam as emergências dos hospitais estaduais, após anúncio de ajuda federal e municipal, é momentâneo, e não representa uma situação de tranquilidade na área da saúde do estado. A avaliação é do presidente do Sindicato dos Médicos do Estado do Rio de Janeiro (Sinmed), Jorge Darze, que está acompanhando pessoalmente o atendimento nas unidades estaduais. Ele deverá apresentar um relatório nos próximos dias.

Segundo o sindicalista, a doação anunciada pelo Ministério da Saúde, de 200 mil itens em insumos hospitalares, incluindo medicamentos, representa um reforço para normalizar o atendimento, mas não é suficiente para abastecer toda a rede do estado por muito tempo .

“Estamos muito longe de viver uma situação de tranquilidade. Não dá hoje, menos de 24 horas de anunciada a doação de insumos, para dizer como estão essas unidades”, disse o sindicalista, que esteve no Hospital Estadual Getúlio Vargas, inspecionando o material recebido do governo federal. Segundo ele, o material recebido no Getúlio Vargas daria para, no máximo, cinco dias de atendimento.

O Sinmed faz parte de um gabinete de crise, criado para ajudar a gerenciar o sistema de saúde, que inclui o ministérios públicos Estadual e Federal, as defensorias públicas Estadual e da União e o Conselho Regional de Medicina. Por iniciativa deles, a Justiça estadual determinou a aplicação de 12% das verbas da receita do estado em saúde, conforme previsto na Constituição federal, sob pena de multa ao estado e ao governador e secretários de Fazenda e Saúde. O governador Luiz Fernando Pezão disse que estava recorrendo da decisão judicial, por não ter todo esse recurso para investir no setor.

Na última quarta-feira (23), Pezão anunciou o aporte de R$ 297 milhões, incluindo verbas federais e do município do Rio. Segundo o governo do Rio, toda a rede hospitalar estadual estava atendendo normalmente nesta sexta-feira (25).

De Joana Moscatelli, repórter das Rádios EBC, DIÁRIO DA MANHÃ

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