O colunista do jornal The New York Times Nicholas Kristof está na Líbia e, no artigo que publica nesta quinta-feira (1º), traz um apanhado de diversos depoimentos de líbios favoráveis aos Estados Unidos. Segundo Kristof, o fato de o governo de Barack Obama ter apoiado a intervenção militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) contra o regime de Muammar Khadafi gerou uma onda de pró-americanismo “onipresente”. É um fenômeno verdadeiramente impressionante, tendo em vista que o rancor e, muitas vezes, o ódio direcionado aos Estados Unidos é uma tendência mais ou menos generalizada no mundo árabe.
Belgassim Ali, um engenheiro de petróleo, me disse: “Eu gostaria de agradecer a América pela posição de proteger meu povo”. Sem a América, ele disse, “nós não estaríamos celebrando. Estaríamos no cemitério”. Eu disse a ele que muitos americanos criticaram Obama pela intervenção na Líbia, argumentando que a América deveria resolver seus problemas econômicos antes. Ele pareceu incomodado e disse: “Seu dinheiro, vamos devolver. Somos um país rico”. Ele acrescentou que sem a ajuda militar americana, vastos números de líbios teriam sido massacrado – isso deve valer alguma coisa, ele alegou.
Segundo Kristof, há entre os líbios um sentimento de gratidão que se estende a outros países que ajudaram o esforço contra Khadafi, como Catar, Tunísia, França e Reino Unido. O colunista pondera que a história da Líbia apenas começou a ser reescrita e que os americanos estão acostumados a ver intervenções no exterior piorarem a situação, como no Vietnã e no Iraque, mas conclui fazendo uma defesa de futuras intervenções quando as condições existentes na Líbia – apoio da população local, de potências econômicas e de atores regionais – se repetirem.
Por Época
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