sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Senador propõe chicotada em presos


O senador Reditario Cassol (PP-RO) defendeu ontem, da tribuna da Câmara dos Deputados, o fim do auxílio-reclusão para condenados que cumprem pena e a adoção de chicotadas contra os presos que se recusarem a trabalhar nos presídios. Ele alega que “pilantras, vagabundos e sem-vergonha” recebem tratamento melhor do que os trabalhadores brasileiros.

Segundo ele, “quando não trabalhasse de acordo, o chicote voltar, que nem antigamente”, defendeu. Suplente de seu filho, o ex-governador de Rondônia Ivo Cassol, que está licenciado, Reditario questionou o desamparo dos parentes das vítimas, enquanto o governo, segundo ele, gastar por ano “mais de R$ 200 milhões do orçamento para sustentar a família dos presos que cometeram crime hediondo, crime bárbaro”.

Em aparte, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), disse que compreendia a “indignação” do colega, mas que, em nenhuma hipótese, aprovaria a utilização do chicote, “porque seria uma volta da Idade Média”. Reditario Cassol é um dos 14 suplentes que ocupa o cargo de senador sem ter recebido um único voto.

De O Povo

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