Líderes articulam obstrução de votações na Câmara e agendam reunião para pressionar o governo e comunicar a intenção de barrar a medida da presidente
O veto parcial da presidente Dilma Rousseff ao projeto de lei que prevê uma nova distribuição dos royalties e participações especiais, comemorado no Rio de Janeiro e no Espírito Santo, desagradou aos estados não produtores. O ponto central da intervenção de Dilma foi impedir alterações nas regras de distribuição dos recursos oriundos de campos já licitados. A partir de terça-feira, a bancada de Minas Gerais tentará obstruir as votações, como forma de pressionar o governo. O deputado Fábio Ramalho, do PV, coordenador da bancada mineira, enviou um comunicado para os gabinetes de seus conterrâneos para que o plano seja colocado em ação. Nesta segunda-feira, Ramalho também passou um aviso para os parlamentares de todos os estados não produtores, por email e por escrito, para garantir que o recado seja dado e que todos estejam preparados para impedir votações. Rio e Espírito Santo, claro, ficaram de fora da lista. São Paulo, que também tem perdas, também está fora da articulação até o momento.
Ramalho também ligou para os coordenadores de bancada dos estados não produtores para agendar uma reunião. “Mandei um comunicado a todos para que iniciemos o movimento, que não tem conotação partidária. O Congresso está desmoralizado”, disse o deputado. “A nossa questão será exigir que se coloque o veto em votação e que ele seja derrubado”, afirmou.
A reunião entre as bancadas dos não produtores servirá para encaminhar ao presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, o pedido para que o veto de Dilma seja votado – e derrubado - o quanto antes. “Ela foi muito dura na caneta”, argumentou Ramalho.
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De Cecília Ritto, do Rio de Janeiro, REVISTA VEJA
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