A Polícia Federal no Maranhão investiga se a empresa Rimax fraudou a utilização dos recursos federais repassados ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para a compra de combustível. Em ntrevista coletiva, o delegado executivo da PF, Gustavo Leite de Souza, adiantou que há indícios de que o combustível possa ter sido utilizado na última campanha eleitoral de 2012. A empresa Rimax pertence ao ex-superintendente de Administração e Finanças do serviço municipal Jacques Douglas de Oliveira Aranha.
“Os diversos processos administrativos que comprovam a propriedade da firma foram apreendidos no bairro Vinhais, endereço onde funciona a empresa prestadora de serviços de manutenção de equipamentos hospitalares e aparelhos de ar-condicionado, contratada pela secretaria de Saúde de São Luís. Apesar de estar ainda no início, podemos adiantar que há fortes indícios de que a verba do combustível possa ter sido usada em campanhas de candidatos a prefeitos e vereadores”, revelou o delegado, superintendente da PF em exercício.
A linha de investigação da PF se dá ao fato de o consumo de combustível, que até o mês de setembro de 2012 era de aproximadamente R$ 20 mil por mês, ter saltado para R$ 100 mil no período da campanha.
“Isso causa estranheza, pois logo comparamos o gasto médio de combustível da própria PF no estado, que fica em torno de R$ 28 mil por mês para 40 viaturas em circulação diária. No caso do Samu, o repasse federal é de R$ 250 mil, mas apenas duas das 35 ambulâncias estão rodando”, acrescentou Gustavo Leite de Souza.
O esquema de má utilização do recurso federal, segundo a PF, foi descoberto no início de dezembro passado, quando o Ministério Público Federal (MPF) solicitou ao Ministério da Saúde que providenciasse uma auditoria no Samu de São Luís. O procedimento foi viabilizado pelo Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (Denasus), que iniciou as entrevistas com os servidores públicos, mas encontrou resistência por parte de alguns, no repasse de informações que pudessem comprovar a fraude. (...)
De França, Jornal CORREIO DOS MUNICÍPIOS
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