sexta-feira, 22 de março de 2013

Novas restrições intensificam crise cambial na Argentina



As novas medidas do governo da presidente Cristina Kirchner para o setor de câmbio, que desta vez significam o aumento das taxas para os gastos com cartão de crédito no exterior e outros itens do setor de turismo, como pacotes de viagens, sacudiram o mercado cambial argentino esta semana.
A medida foi divulgada na segunda-feira, e desde então a cotação do dólar voltou a registrar volatilidade no mercado paralelo. A moeda americana superou a barreira dos oito pesos na quarta-feira, e nesta quinta-feira, apesar da leve queda, fechou cotada a 8,45 pesos – diferença acima de 60% para a cotação oficial, de 5,1 pesos.
Analistas econômicos atribuíram ainda à nova onda de nervosismo fatos como a reunião de emergência convocada pela presidente com seus assessores econômicos, na quarta-feira, na residência presidencial de Olivos.
A iniciativa foi considerada pouco comum na agenda presidencial e gerou uma série de boatos na imprensa sobre mudanças na política cambial e substituição da presidente do Banco Central, Mercedes Marcó del Pont.
"Um dia de alarmes, boatos e disputas internas", escreveu o repórter de economia do Clarín Gustavo Bazzan. "Em meio a rumores, dólar 'blue' (no mercado negro) chegou a 8,75 pesos", publicou o La Nación em sua manchete.
Nesta quinta-feira, um cambista de uma loja na Avenida Santa Fé, que trabalha em uma 'cova' (cueva, em espanhol), como os argentinos chamam os esconderijos para a venda do dólar paralelo, disse à BBC Brasil, sob a condição do anonimato: "Terça e quarta foram uma loucura. Chegamos a vender dólar a nove pesos. Hoje (quinta) está mais calmo".
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De Marcia Carmo, agência BBC BRASIL

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