Economistas apostam, em pelo, que o Banco Central aumentará a taxa básica de juros em 0,25 ponto porcentual, enquanto a inflação continua preocupando.
O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) reúne-se nesta quarta-feira pelo segundo dia consecutivo e, ao final de encontro, anunciará o novo patamar da taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic. O mercado financeiro aposta em peso em uma decisão unânime de alta de 0,25 ponto porcentual, o que elevaria a Selic dos atuais 12,25% para 12,50%a o ano. O consenso deve-se menos a uma crença dos analistas na desaceleração da atividade e mais a indicações do BC de que ainda aposta nas chamadas medidas macroprudenciais – como, por exemplo, os aumentos dos recolhimentos compulsórios dos bancos e do IOF nas operações de crédito – em detrimento de uma política monetária focada em juros.
Desde a decisão de abril, ficou claro para o mercado que o BC decidiu adotar a estratégia de um ajuste mais gradual da política monetária. O Copom diminuiu o passo e começou a fazer elevações de 0,25 ponto porcentual. Antes disso, nas primeiras duas reuniões do governo Dilma, em 19 de janeiro e em 2 de março, o comitê havia decidido por uma alta de 0,5 ponto porcentual. A redução do aperto monetário tem se apoiado, desde então, nas medidas macroprudenciais. “O ajuste deveria ter sido maior antes. Já que a política mudou, faz sentido prolongá-lo. Contudo, ainda existe muita preocupação com 2012. Acredito que, nesse ritmo, a inflação só convergirá para a meta no meio de 2013”, avalia Flávio Serrano, economista sênior do banco de investimentos Espírito Santo. (Veja - Beatriz Ferrari)
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