A alegação do advogado Edison Ribeiro para a súbita mudança está na petição entregue nesta segunda feira, 26. Ele justifica a troca “uma vez que a decisão sobre a aquisição das sondas foi privativa da Diretoria da Petrobrás, não passando pelo Conselho de Administração, onde a testemunha ora substituída (Dilma Rousseff) exercia a Presidência”.
Na ação penal, Cerveró e o lobista Fernando Antônio Falcão Soares, conhecido como Fernando Baiano, são acusados de receberem propina de cerca de US$ 30 milhões para viabilizar contratos de navios-sonda para a Petrobrás. Os pagamentos teriam sido feitos por Júlio Camargo, representante da empresa Toyo Setal, a Baiano, que atuaria diretamente na Diretoria Internacional, na época dos fatos comandada por Cerveró.
Ao Estado, Ribeiro minimizou o episódio e disse que a troca foi motivada após uma conversa com Cerveró na carceragem da PF em Curitiba, onde o exdiretor está preso. “Não foi nada demais, eu havia colocado a presidente (Dilma) e o (Sérgio) Gabrielli porque um foi presidente da Diretoria Executiva e outro do Conselho de Administração (da Petrobrás). Mas, ao conversar com Nestor Cerveró ele me disse que neste neste caso (pagamento de propina em compra de naviossonda pela estatal) a decisão foi exclusiva da Diretoria, não passou pelo Conselho”, explicou...
De Mateus Coutinho e Fausto Macedo, ESTADO DE S. PAULO
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