segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Irene Ravache faz desabafo sobre o PT: "A maior decepção da minha vida"


E falar em política, nos dias de hoje, pode realmente ser revelador. Os que estavam de um lado, querem ir pro outro, os do meio não sabem pra que lado ir e, enquanto isso, tentamos manter a integridade em um Brasil cada vez mais complexo. E Irene Ravache comentou com o colunista Leo Dias, do jornal O Dia, sobre a decepção que teve com o PT. É a opinião de uma atriz, mas poderia muito bem ser de vários brasileiros:

“Foi uma das grandes, senão a maior decepção da minha vida. Pelo menos como cidadã. Comecei a ficar simpatizante do PT logo no iniciozinho dele, em São Bernardo (SP), na década de 80. Havia um discurso colocado em cima de questões éticas e não houve neste país nenhum partido de oposição que colocasse mais o dedo na ferida, como um cachorro guardião, do que o PT. Se nós tivéssemos hoje um partido de oposição como o PT foi, não duraria muito tempo. O PT tinha uma maneira de fazer suas colocações de uma forma tão clara, que por isso ele ganhou: vinha da classe simples, do operário… O nosso ex-presidente (Lula) veio de uma classe extremamente simples! Um operário. ”

“Quando o PT ganhou a presidência, curiosamente eu não havia votado no PT, mas fui festejar. Não votei, mas sabia que ele iria ganhar, e pensei realmente que nós iríamos acordar, que iríamos dar uma virada de página, e aí acabou acontecendo o que a gente está vendo até hoje. É uma decepção ver alguém pegar as tuas esperanças de ver um país melhor virando completamente o seu discurso, a sua atitude. É uma decepção muito grande! Você perde a crença em tudo. ”

“Todas as vezes em que acontecem esses escândalos que nós acompanhamos, seja pela televisão ou pelos jornais, cada vez que um partido fala, ele fala para ver como ele fica melhor na situação e não dá a sua voz para uma coisa melhor para o Brasil. Meus amigos estrangeiros dizem assim: “Mas como é que os brasileiros ainda não tiraram esse presidente da Câmara (Eduardo Cunha)?” Todos eles presos de alguma forma: ou por conchavos políticos ou pessoais, ou por ter algo que pode se tornar escândalo… Então, a única palavra que define é ‘corja’”, opinou a artista.

Por Cris Cordioli, coluna Leo Dias, JORNAL O DIA

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