Soou o sinal de alerta na Esplanada dos Ministérios. Com a fraca expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de apenas 0,6% no terceiro trimestre do ano e a constatação de que as medidas de incentivo ao consumo não foram bem-sucedidas, o Palácio do Planalto determinou à equipe econômica que encontre novas soluções para garantir a retomada da atividade. Nesse cenário, já há quem defenda, dentro do governo, que o câmbio será o novo instrumento para estimular o crescimento.
Até a última sexta-feira, vigorou a tese de que o governo trabalhava com uma banda informal para a cotação do dólar. O intervalo seria algo entre R$ 2 e R$ 2,10. Sempre que a moeda ultrapassava esse limite, o Banco Central (BC) atuava vendendo dólares para trazer o valor para abaixo desse teto. Essa regra geral foi válida até a divulgação do PIB. Com a equipe econômica ainda juntando os cacos da economia, o mercado viu uma brecha para testar um novo limite de alta da moeda. Sem a ação do BC, a divisa encerrou o pregão no maior patamar desde maio de 2009, cotada a R$ 2,13.
De Deco Bancillon, JORNAL CORREIO BRAZILIENSE, DF
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