sábado, 6 de abril de 2013
Itamaraty avalia saída de brasileiros após alerta de conflito da Coreia do Norte
SÃO PAULO, 5 Abr (Reuters) - O governo brasileiro avalia a situação na península coreana para decidir sobre a transferência de seus funcionários da embaixada em Pyongyang, depois que a Coreia do Norte notificou nesta sexta-feira todas as representações diplomáticas a deixar o país diante do risco de uma guerra na região.
O pedido norte-coreano foi feito em meio à movimentação militar dos Estados Unidos na Coreia do Sul, após a Coreia do Norte advertir que a guerra era inevitável, em decorrência de novas sanções impostas pela Organização das Nações Unidas (ONU)por seus testes nucleares.
"Avaliaremos quais são as condições exatamente antes de tomarmos uma decisão sobre a permanência dele (embaixador brasileiro, Roberto Colin) ou alguma outra a alternativa, em contato também com outras embaixadas em Pyongyang", afirmou nesta sexta o chanceler Antonio Patriota em entrevista coletiva conjunta, em Brasília, com o ministro dos Negócios Estrangeiros de Cingapura, K Shanmugam.
O Itamaraty afirmou que seis brasileiros vivem atualmente na Coreia do Norte, incluindo o embaixador, sua mulher e filho, um funcionário administrativo, além da mulher e filha do embaixador da Palestina, que são brasileiras.
"Seguimos com preocupação essa escalada retórica na península coreana e estamos em permanente contato com o nosso embaixador", disse Patriota.
Nos termos da Convenção de Viena, que rege as missões diplomáticas, os governos anfitriões devem facilitar a saída do pessoal de embaixadas em caso de conflito.
Transferir os funcionários não implica o fechamento da embaixada, esclareceu o Itamaraty, o que teria um significado político e diplomático mais amplo.
"Nesse caso a gente pode considerar a preservação da segurança dos funcionários levando-os para outro lugar. Não é o rompimento das relações diplomáticas Brasil-Coreia do Norte", disse a assessoria de imprensa do Itamaraty.
De acordo com a assessoria, o embaixador brasileiro teria indicado que existe a possibilidade de levar o corpo diplomático para Dandong, uma cidade chinesa próxima, na fronteira com a Coreia do Norte.
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De agência REUTERS BRASIL
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