quarta-feira, 27 de março de 2013

'Financial Times' põe em xeque 'intervencionismo' brasileiro



Um artigo de página inteira publicado nesta terça-feira pelo diário econômico britânico Financial Times questiona as ações que qualifica de "intervencionistas" que vêm sendo tomadas até agora pelo governo da presidente Dilma Rousseff para tentar reverter o processo de desaceleração econômica.
Em um texto intitulado Humbled Heavyweight("peso-pesado humilde", em tradução livre), o jornal observa que o Brasil cresceu menos de 1% no ano passado, a menor taxa entre os países do grupo Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), e já começa a ser substituído pelo México na preferência dos investidores na América Latina, "algo impensável apenas dois anos atrás".
O jornal afirma que o governo "está desesperado para reavivar o antigo milagre econômico do país" e comenta que "apesar de ela (Dilma) ainda ser imensamente popular, a economia é uma sombra em potencial sobre as suas perspectivas de reeleição no ano que vem".
O artigo observa que a resposta do governo para o problema tem sido "se intrometer em vários setores, desde energia a telecomunicações, numa mistura de incentivos e punições, com ações que vão desde incentivos tributários a medidas para forçar os produtores a baixar os preços".
O jornal comenta, entretanto, que "o crescente envolvimento do governo nos negócios tem se mostrado polêmico" e que analistas do mercado financeiro afirmam que o Brasil está voltando ao intervencionismo do passado, enquanto o setor industrial argumenta que a produção manufatureira afundaria com os altos custos e a importação em alta, a não ser com a ajuda do governo.
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De agência BBC BRASIL

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